FANTASMA

FANTASMA

Cercado de muros

Visíveis e invisíveis

Segue o caminho

Uma viela de vida

Um sobe desce

Com flores coloridas

Pedras pontiagudas

Atalhos desconhecidos

A direita a sinistra

A perder de vista

O desconhecido

Que se mostra dissimulado

Estranho encapuzado

E o olhar perde-se em devaneios

Cego de futuro isento de norte

Apenas caminha incansável

A busca do paraíso

Devaneado

Mas parece impossível ser alcançado

Uma paragem na viagem

Uma canseira a descansar

Não há pressa de chegar

Até porque o quê

É ignoto

Quem sabe belo

Quem sabe roto

Mas o destino será pó

Que viajará empurrado pelos ventos

Perdido em espaços opostos ao corpo

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 22/05/2016
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