FANTASMA
FANTASMA
Cercado de muros
Visíveis e invisíveis
Segue o caminho
Uma viela de vida
Um sobe desce
Com flores coloridas
Pedras pontiagudas
Atalhos desconhecidos
A direita a sinistra
A perder de vista
O desconhecido
Que se mostra dissimulado
Estranho encapuzado
E o olhar perde-se em devaneios
Cego de futuro isento de norte
Apenas caminha incansável
A busca do paraíso
Devaneado
Mas parece impossível ser alcançado
Uma paragem na viagem
Uma canseira a descansar
Não há pressa de chegar
Até porque o quê
É ignoto
Quem sabe belo
Quem sabe roto
Mas o destino será pó
Que viajará empurrado pelos ventos
Perdido em espaços opostos ao corpo