Esconderijos da alma

Nunca, ninguém conseguiu tocá-la

Trancafiada em castelos

Foi acolhida pelas palavras

Passava horas entre versos e taças de vinho

Até que numa noite

Entregou - se de corpo e alma.

Fez amor com as palavras

Embriagou-se com o vinho

Mergulhou nos seus abismos mais secretos

A palavra cortou suavemente a carne de seda

A palavra iluminou os porões da alma,

Revelando desejos, medos, solidões

Inebriada, tateava nas paredes da alma

Saindo dos lugares mais recônditos do Ser

Libertou-se dos esconderijos...

Alcançou o quintal da infância

E , no balanço, tocava as nuvens com as pontas dos pés.

Vânia Rodrigues
Enviado por Vânia Rodrigues em 22/05/2016
Código do texto: T5643332
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