INCERTA MANHÃ
INCERTA MANHÃ
Uma manhã brumada
Cheia de nada
Esperando por nada
E o nada passa
A ser tudo
Surdo mudo
Cego e absurdo
E as linhas do dia
Vão superando
As linhas do tempo
Levadas pelo relógio
Chamado vento
E por alguma água
De uma chuva que deságua
De olhos cansados do porvir