INCERTA MANHÃ

INCERTA MANHÃ

Uma manhã brumada

Cheia de nada

Esperando por nada

E o nada passa

A ser tudo

Surdo mudo

Cego e absurdo

E as linhas do dia

Vão superando

As linhas do tempo

Levadas pelo relógio

Chamado vento

E por alguma água

De uma chuva que deságua

De olhos cansados do porvir

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 22/05/2016
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