presença absurda
Na soleira da porta
O rio lá fora
O sorriso das janelas;
Um outro miasma
(sem grande tragédia)
Até aqui
Tudo igual
Ao templo das esquina,
No entanto,
Quando a onda rebentar
E desse choque monumental
Ruir o cordão que
Lhe dissimula uma
Vida, e com as mãos
Soltas, indagar o ar
Pelo rinocerontes da noite,
E esperar pela resposta
E nenhuma fresta de fogo
Retornar para o seu consolo,
E os continentes se abrirem
E em seu lugar emergir uma
Cascata de ácido sem nomes,
Plante firme seus pés
Na terra, e não pense que
Já viu tudo, já que tudo
É infinito e, aqui jaz
O passado e futuro, entranhado
Nesse presente de absurdos