Não quero mais a verdade,
A realidade é um cão raivoso.
Quero cuspir na verdade,
Quebrar seus dentes hostis,
As coisas que eu vi e vivi.
Quero sonhar e mentir,
Quero sorrir e pensar
Que tudo é melhor
Do que realmente é.
Não quero ser homem ou mulher,
Quero ser qualquer um
Que saiba sorrir sem precisar,
Que saiba beijar como ninguém
E que invente histórias,
Muitas histórias...
Quero a pincelada da arte concreta,
Quero ser indiscreto e chamar a atenção
Da mulher que desejo,
Da mulher que eu vejo neste instante,
Olhando para o idiota do espelho
Sem perceber que eu estou olhando também,
E não é para o espelho...
Quero roubar, surrupiar,
E dizer que não fui eu.
Atravessar fora da faixa,
Ver onde eu me encaixo,
Sem ter que ficar por baixo.
Quero chamar de infiel
Aquela que me jurou no papel
Um amor maior do que o céu
E me fez colher tempestade.
Quero expor minha vontade de expor,
Colocar todos os pingos nos is,
Mas enganando aos outros
E a mim mesmo,
Porque esse mundo é pequeno, e um dia,
Certamente vamos nos reencontrar.
E se isto acontecer, eu e você,
Seja lá qual for seu verdadeiro nome,
Iremos nos servir do mesmo pó que nascemos
E lamberemos o saco do diabo até cair as bolas.
Vou mentir para a morte, viver mais que ela pensa
E arrebentar todas as correntes que prendem ao tempo,
Ludibriar o destino é minha vontade,
Não vou morrer, quero que ela vá primeiro,
Assim terei um túmulo para vomitar sobre.
E sobre nos amarmos,
Foi o único momento de minha vida
Em que não menti em nenhum momento...
A realidade é um cão raivoso.
Quero cuspir na verdade,
Quebrar seus dentes hostis,
As coisas que eu vi e vivi.
Quero sonhar e mentir,
Quero sorrir e pensar
Que tudo é melhor
Do que realmente é.
Não quero ser homem ou mulher,
Quero ser qualquer um
Que saiba sorrir sem precisar,
Que saiba beijar como ninguém
E que invente histórias,
Muitas histórias...
Quero a pincelada da arte concreta,
Quero ser indiscreto e chamar a atenção
Da mulher que desejo,
Da mulher que eu vejo neste instante,
Olhando para o idiota do espelho
Sem perceber que eu estou olhando também,
E não é para o espelho...
Quero roubar, surrupiar,
E dizer que não fui eu.
Atravessar fora da faixa,
Ver onde eu me encaixo,
Sem ter que ficar por baixo.
Quero chamar de infiel
Aquela que me jurou no papel
Um amor maior do que o céu
E me fez colher tempestade.
Quero expor minha vontade de expor,
Colocar todos os pingos nos is,
Mas enganando aos outros
E a mim mesmo,
Porque esse mundo é pequeno, e um dia,
Certamente vamos nos reencontrar.
E se isto acontecer, eu e você,
Seja lá qual for seu verdadeiro nome,
Iremos nos servir do mesmo pó que nascemos
E lamberemos o saco do diabo até cair as bolas.
Vou mentir para a morte, viver mais que ela pensa
E arrebentar todas as correntes que prendem ao tempo,
Ludibriar o destino é minha vontade,
Não vou morrer, quero que ela vá primeiro,
Assim terei um túmulo para vomitar sobre.
E sobre nos amarmos,
Foi o único momento de minha vida
Em que não menti em nenhum momento...