Poesia Póstuma
Da tumba fria quem lembrará do Poeta morto?
O seu verso mofado vai sendo devorado por vermes
Sua inspiração repousa agora sobre a gélida pedra tumular
Apenas o seu epitáfio esquecido no anonimato da morte
Encantará, talvez, Deus o sabe, o ideal de alguns sonhadores
Desta vida deixastes sonhos e escritas imorredouras pelos ares
Da morte ganhaste o desprezo dos idiotas que só sabem viver
A lágrima quente da mulher amada desce ao teu corpo inerte
E, o poeta, embora morto, tornou-se eterno no coração dos que sonham