Nova alvorada.

Há desejos que se recrudescem nos vendavais

Arrastados por tempestades que rasgam os céus.

Raios inflamados e ondeantes que decepam hastes

Cavando desmesuradas crateras em terras férteis.

A noite fria, não respinga pingos e nem trovoadas.

Abusado o céu! A querer abrir-se em colorido azulado

Removendo nuvens enegrecidas, em terror afastam-se.

Aos poucos com estrelas e mais estrelas a madrugada

Batismo, de sulcos a julgar terras visíveis e impopulares.

São vislumbradas em sua intimidade descalças vazia e nua

No vendaval que calou a noite turbulenta chuvosa e fria

Despontando vão os raios anunciando uma nova alvorada.