UM CONTO DE FADAS

Era uma vez um moço bonito,

Lá das bandas das Minas Gerais.

Era uma vez uma bela moça,

Olhos tão azuis não conheci jamais.

Era uma vez uma mulher ciumenta.

Ciumenta não, zelosa da sua família.

Mas a moça não era sua filha.

Era carnaval.

O moço e a moça se encontraram

E logo, um romance começaram.

Em pouco tempo estavam apaixonados,

Montados num cavalo branco,

Pelos brilhantes, crina macia.

Pais queixando-se, saudades da filha.

As amigas na maior torcida!

Que ti-ti-ti, se sucedeu por ali!

A mulher ciumenta descobriu.

Mas não se queixou e até gostou.

Afinal, disse ela,

Todos têm direito a um grande amor!

Passaram-se alguns dias,

A doce moça voltou.

Ao ver tristeza em seu rosto,

De tanta saudade do moço,

Amigas e mulher rezavam.

Às vezes se revezavam,

E até velas acendiam.

Brilhos no olhar, sinos tocando,

Coração pulsando, peito sangrando.

Saudades!

O moço, bonito, em seu alazão,

Chega lá das bandas

Das Minas Gerais

E diz: - "pra lá não volto mais".

E a mulher ciumenta de sua família,

Que tinha a moça como sua filha

Diz, então, ao belo rapaz:

“Príncipe

Vou logo avisando,

Se não cuidares bem da minha princesa

Tu vais é virar sapo!”

©Maria Goreti Rocha

Vila Velha/ES - 09/03/06

Maria Goreti Rocha
Enviado por Maria Goreti Rocha em 13/07/2007
Reeditado em 13/07/2007
Código do texto: T563904
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