como quem viu

Os seios dela esticavam-se

Pelo viés da blusa e adornava

A marquise que bancava os mendigos.

Aos olhos de quem passava, sua

Boca em frêmitos de prazer, soluçava

A garganta de quem se perdesse naquela

Imagem desbaratada, aqueles, embaixo

Da marquise, antes pobre, podre de rico,

Nunca tão bem iluminados, ficaria ali,

O tempo grande, a eternidade, mas, logo

Ali na frente, outra imagem que deixa

Essa pra trás, o lábio de seu segredo,

Precisamente, o seu grego, brilhando

Como quem viu a imortalidade

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 17/05/2016
Código do texto: T5638543
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