O TEMPO E A VIDA
Sinto o cheiro da chuva trazida pelo vento da noite fria e brusca.
Caminho entre o silêncio e o vazio da alma.
As horas passam como se já não mais importasse para o
tempo cada segundo; o amanhã se aproxima
como quem espera a eternidade.
Os últimos vestígios do presente se encontra
com o passado para que se retornem num futuro próximo.
Tenho medo de viver a verdade,
se realidade me escondo atrás dela;
as portas se abrem e se fecham;
os ventos vão e a chuva cai.
Em breve um novo dia se inicia
e o sol cobrirá, se possível for,
todos os espaços vazios que a noite deixou;
cobrirá todos os passos incertos que eu, poeta solitário, deixei.
O sonho não termina com a morte;
mas com uma nova vida.
Alexandre Ribeiro 12/dez/2005