Poema de Maio
Quero um poema bem diferente,
sem gente vendida, sem carne nos dentes,
sem ponta de inveja, nem quem apedreja,
a vontade sagrada, desse povo guerreiro.
Hoje quero reinar sem ser fidalgo,
ser mais que prazer, maior que o embargo
das coisas sofridas, que hoje nos vem.
E na linha de frente, quero ser o primeiro.
Quero hoje vestir essa chama acesa,
Maria ou Tereza no front do perdão.
Sentir que meu maio, trará confiança,
e, sorrir para a bonança, que ainda virá.
Quero um poema de paz, consagrado e singelo,
ao saber-me fraterno, das coisas do bem.
Quero sorrir com a criança que ainda me habita,
e depois por convicção, acreditar no amanhã.
Meu país há de se encontrar novamente!