o passado ainda
trocamos um sorriso, mas
nos tocamos apenas de
raspão, porque nos escombros
o fingimento nao tem a
mesma fama dos salões,
a luz, pouca, mal dá pra
acender a caminhada que
nos põe nos arredores
dos entulhos, um móvel,
para ser mais exato: um
sofá deixado , um bom
sofá, porque ninguem
pegou, a pergunta
não demora muito, pois
uma comoda muito boa
rouba a atenção e, logo,
um pente fino, uma mesa
de acrílico, um fogão de ferro,
muita coisa deixada áquela
hora da vida, se os homens
soubessem, se as mulheres
conhecesse o pasto do afogado
mundo desprezado, o futuro
ja os tragou e os levou a aurora
da novidade, um mundo velho
jaz sobre a terra, e o sol, indiferente
teima em iluminar o novelo
se seus corpúsculos