o passado ainda

trocamos um sorriso, mas

nos tocamos apenas de

raspão, porque nos escombros

o fingimento nao tem a

mesma fama dos salões,

a luz, pouca, mal dá pra

acender a caminhada que

nos põe nos arredores

dos entulhos, um móvel,

para ser mais exato: um

sofá deixado , um bom

sofá, porque ninguem

pegou, a pergunta

não demora muito, pois

uma comoda muito boa

rouba a atenção e, logo,

um pente fino, uma mesa

de acrílico, um fogão de ferro,

muita coisa deixada áquela

hora da vida, se os homens

soubessem, se as mulheres

conhecesse o pasto do afogado

mundo desprezado, o futuro

ja os tragou e os levou a aurora

da novidade, um mundo velho

jaz sobre a terra, e o sol, indiferente

teima em iluminar o novelo

se seus corpúsculos

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 15/05/2016
Código do texto: T5636217
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