Sete minutos de um novo dia
Não sei se há verdade no que escrevo...
Se tenho a razão na minha poesia...
Mas, nem sei mesmo o que é verdade...
Quem sabe?
Não sei se minha loucura
Matará o mundo ou,
O livrará da venenosa sanidade daqueles
Que acreditam saber.
Não sei.
Mas sei.
Sei que não posso calar
Essa voz que grita em mim.
Essa energia que movimenta minha mão
Sobre esse papel.
Essas idéias e sentimentos que me atacam,
Que não me deixam dormir.
Meu corpo está cansado...
Poetas deveriam ser alma.
Somente alma.
Não sei onde está o erro,
Ou se há o erro.
Nada sei além
Dessa certeza de que não posso calar,
Não posso dormir,
Não posso ser apenas
Mais um covarde do mundo,
Abafando e sufocando
Essa tempestade que há em mim.