TREVAS
TREVAS
Ainda não é meia-noite
Mas há muito é noite
É ébano
Não há lua
Embora lá ela esteja
Há nuvens
Embora não as veja
Minha escuridão
Não precisa de nuvens
Basta o espelho
Que não me reflete
Pela inexistência de vida
Preso no sarcófago
Com a cabeça aprisionada
De pesadelos e delírios
Que invadem a madrugada
E estabelecem a loucura
Nesta insana clausura
Que só aqui se instala
Instilando a reles poesia