Poeta de garagem
Abri o dia a me perturbar por inteiro.
Como beber a essência da árvore?
Ardendo em segredos, grito: Je suis poéte!
Tempo de prosa na calçada da fama
e esperança incumbida de esperar.
Minhas rugas que sulquem meu rosto
enquanto sigo a mostrar, letra por letra,
como chego até O soneto de Ben.
Serei carcaça de uma história... em breve.
Carne crua e suor a caminho do resultado.
Meus objetos postos sobre a mesa da garagem
prestes a encontrarem compradores do meu legado,
ainda inacabado é verdade mas, vivo e sem açúcar.
Meu chá de idéias.
Ainda tenho um livro em construção... indomável.
Paciência e força para enfrentar desafios,
na fé de que vai ficar tudo bem.
Ficará.