Poeta de garagem

Abri o dia a me perturbar por inteiro.

Como beber a essência da árvore?

Ardendo em segredos, grito: Je suis poéte!

Tempo de prosa na calçada da fama

e esperança incumbida de esperar.

Minhas rugas que sulquem meu rosto

enquanto sigo a mostrar, letra por letra,

como chego até O soneto de Ben.

Serei carcaça de uma história... em breve.

Carne crua e suor a caminho do resultado.

Meus objetos postos sobre a mesa da garagem

prestes a encontrarem compradores do meu legado,

ainda inacabado é verdade mas, vivo e sem açúcar.

Meu chá de idéias.

Ainda tenho um livro em construção... indomável.

Paciência e força para enfrentar desafios,

na fé de que vai ficar tudo bem.

Ficará.

Benilton
Enviado por Benilton em 13/05/2016
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