ANNA E KAROL

Qual é o teu olhar,

se me vês em um ponto obscuro,

náufrago em tormenta desditosa,

agarrado sobre o meu monturo

alumiando tua noite, no escuro?

Qual é o teu olhar,

se as ondas contínuas de antes

embalam essa amizade intensa,

e faz-nos mais do que amigos,

e bem menos do que amantes?

Qual é o teu olhar,

se me retratas no escapulário,

nas dobras e odor de vivo sacrário,

materializas o sentimento denso

eternizado no “eu te pertenço”?

Qual é o teu olhar?

sem solenidades, Ele me ama!

conhece-me profano e impuro

mas, da solidão desse monturo,

brilha sua luz da minha lama!

JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS
Enviado por JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS em 13/05/2016
Reeditado em 15/02/2018
Código do texto: T5634330
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