O reflexo do que restou
 
São tantas janelas isoladas
Que sinto depois da vidraça
São vidas sofridas na parte vão
Em metros de vidas achados
Que aparecem nas janelas
Da parede armada
De problemas construídos
Na solidão que habita
Pelo canto sofisticado
Da convivência social
Entre o indivíduo
E o reflexo do que restou
Separado de todo o contexto
Invertido na noite
Onde vejo as luzes
Das janelas sonolentas
Cabeças refletem na obscuridade
Das figuras que sofrem 
Para enganar e massificar as dores
De  um rosto esgotado
Que busca uma página digna
Fora da janela isolada 
Pela vida que apaga
No anoitecer o sonho
Forjado pelo clarão da lua
E no barulho do mar sem vida


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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 12/05/2016
Reeditado em 16/05/2016
Código do texto: T5633345
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