Verso

em homenagem ao dia sétimo

urdidor de nossos seres

vi e ouvi teu canto lunar

atravessar-me a epiderme

sete vezes

segui o espectro luminoso

pelas frequências coloridas

do pólen dos prazeres,

desapercebi meus pés e flutuei

íngremes degraus para o Éden

lá tão alto, de alvor prateado

uma deusa celeste e noturna

musa do teu canto enamorado

refulgia a bênção da sua brancura

na superfície etérea da minha pele

incorporava-me

a brandura guardada

em pulso sanguíneo

tudo quanto for o ardor ígneo

daquilo que teu verso sente

sou grata pelo tempo, tão inexistente

sinto sob as veias correr o ente,

o animus demasiado hirto

excitante natural da libido

que me liberta enquanto me prende

Jady Tariane
Enviado por Jady Tariane em 11/05/2016
Reeditado em 06/05/2020
Código do texto: T5632422
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