CALO-ME
Olhando o tempo que passa,
aqui da minha janela,
às vezes até acho graça,
porque ele passa por ela,
pela vida que disfarça,
e segue sem mais aquela.
Francamente não entendo,
(na verdade nem pretendo),
apenas penso, observo
essa disparidade crescente
do tempo, da vida - somente,
na minha, eu me conservo.
Se não posso mudar nada,
prefiro ficar calada.
. . .
Diante desse olhar,
Que desnuda-me por inteiro,
Calo-me com o teu cheiro
Enfurecida onda do a(mar)...
Calo-me por medo,
Para não te magoar,
Procurando entender esse respirar,
Cada batimento sentido...
Da expressão que transmite,
Calo-me porque a voz se omite,
Talvez seja por vergonha...
Da tua inocência que sonha,
Calo-me para te ouvir,
No lacrimejar dos desejos,
E no sentir dos teus beijos,
Dessa nova sensação por vir...
Calo-me para tentar te definir...
Que desnuda-me por inteiro,
Calo-me com o teu cheiro
Enfurecida onda do a(mar)...
Calo-me por medo,
Para não te magoar,
Procurando entender esse respirar,
Cada batimento sentido...
Da expressão que transmite,
Calo-me porque a voz se omite,
Talvez seja por vergonha...
Da tua inocência que sonha,
Calo-me para te ouvir,
No lacrimejar dos desejos,
E no sentir dos teus beijos,
Dessa nova sensação por vir...
Calo-me para tentar te definir...
Me calo e tenho guardado,
é porque eu tenho medo.
Que se falar, o segredo
que eu guardo a sete chaves
em minha boca, sem traves
Será, enfim, revelado!
é porque eu tenho medo.
Que se falar, o segredo
que eu guardo a sete chaves
em minha boca, sem traves
Será, enfim, revelado!
Se não podes mudar nada
ao menos, que me ouças:
se eu cuidar da vasilhada
ajuda, porém, co'as louças...
ao menos, que me ouças:
se eu cuidar da vasilhada
ajuda, porém, co'as louças...
O tempo são águas passadas,
Que maltrata a alma da gente,
Às vezes chego dar risadas,
Dos sonhos ainda inocente.
Que maltrata a alma da gente,
Às vezes chego dar risadas,
Dos sonhos ainda inocente.