DRACÔNIA

DRACÔNIA

Meus sonhos pirados de alcova

na alcateia de transas

homens vingando orgasmos

no meu rosto

implorando devassidão

devora meu coração

por dúzias de aventuras

que morrem segundos depois

“a vítima compra diabos

pra viver em perigo”

ela tem dezenas de estátuas

de roupas e máscaras guardadas

baralhos explodem no alto

cartas mortas caem de volta

repúdio dos velhos ilhotas

agouro das senhoras

que morrem por dentro

pensam estar vivas

quando mendiga um dia

ainda presa aos conformes

diários de bordo

eu nado pelas ondas que vão

nunca pelas forças de ação

contrárias

eu não abro cancelas fechadas

dou a volta por cima

lá em cima há planetas

com nome de estrelas

meu corpo pertence ao sangue

nele correndo

o sangue que ferve quem bebe

sabe o gosto que tem

o sangue frio dito rio de águas

suando na cama

os abutres em volta da carne

perguntam sobre

quem é aquela

que surge no pôr do sol

eles já viram dormindo

de encontro à estrela matutina

estirada aos farrapos

segurando uma taça de licor

entre os dedos

eles a viram amar os becos

cair nos braços bêbados confusos

bares imundos de trastes

ela desceu sorrindo

dando bom dia aos condores do alto

tem muitas flores no parque

entre as árvores

o perfume veio até mim

um convite ao descaso da víbora

faz bem as entranhas

“o livre-arbítrio chora

oferecendo morada

o livre torna-se o que é

até mesmo sem asas”

vou morar nas casas que dizem não

a todo minuto contado

de tempo...

...abraços.

MUSICA DE LEITURA: TY SEGALL – You makethe sun fry

Draconia

My dreams Freaks alcove

in the pack of fucks

men avenging orgasms

In my face

begging debauchery

devours my heart

by dozens of adventures

dying seconds

"The victim purchase hell

to live in danger "

she has dozens of statues

clothing and masks stored

decks explode at the top

dead cards fall back

repudiation of the old islets

omened Ladies

dying inside

They think to be alive

when beggar one day

still bound to comply

logbooks

I swim the waves will

never by the action of forces

contrary

I do not open closed gates

I give back up

upstairs there are planets

with stars name

My body belongs to the blood

it running

the blood boiling drinkers

You know the taste that has

cold blood said water river

sweating in bed

vultures around the meat

ask about

who's that

that comes at sunset

they saw asleep

against the morning star

stretched to tatters

holding a liquor glass

between fingers

they saw love the alleys

drop us confused drunken arms

filthy bars frets

she came down smiling

giving good day to the top condors

It has many flowers in the park

the trees

the perfume came to me

an invitation to disregard Viper

It does well entrails

"Free will cry

offering address

free becomes what is

even without wings "

I will live in the houses they say no

every minute counted

of time...

...hugs.