MARIA E JOSÉ
Assim, só na certidão
mas, não usam não...
Ocultam em pronomes,
frestas dos sobrenomes,
sombras imperceptíveis,
desejos impossíveis,
tributando vis pecados,
com ágios armengados.
Um, prega vã educação,
outro, a infiel jurisdição.
E o povo vai sem visão,
brigando por água e pão.
A casa dele, sem janela.
Tua cozinha, sem panela.
A roupa moral aos trapos,
as almas em farrapos.
Sem ela, lama é o chão.
Sem ele, luz é escuridão.
sobrenomes na aba,
juram, o mundo acaba.
O que é que resta?
mutismo, na sesta.