trono da forma

Não poderia, já que atravessar

O rio era a condição da outra margem,

No entanto, quantos saltos ao desconhecido

Foi dado sem a complacência das autoridades,

Quantas crianças, ainda verdes de pernas fracas

Souberam percorrer na imaginação mundos que

Nunca foram descobertos e no entanto, de tão

Verdadeiro, quase os aleijaram .

O velho ainda percorre os vales conhecidos,

Pulverizados, sim, limpo, do miasma do tempo,

Mesmo assim, ali, o velho, acomodado se ajoelha

Diante da pedra, da parede, do menos pulso de

Luz que por ventura atravesse as masmorras das

Cavernas. E nessa realidade desgovernada, não

Se pode a polícia, o bombeiro, o advogado. É mais reparte de pássaros, de vales, de quedas,

De morcegos diários, delírios. Nesse ponto,

Não se exibe e nem se salva pelos tronos da forma

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 10/05/2016
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