DEFASAGEM HUMANA

Preconceito racial

Precisa ser entendido,

Ser negro é algo real,

É gens- é cultura—é banal,

Mais quem de verdade roubou,

Não é só negro pois nossa cor,

O mundo todo abusou.

Preletor por ser leal,

Escravizados sem motivos,

Agora pergunto senhores!

Por quem e por que motivos?

Pra enriquecer uma fidalguia,

De homens que vivem mentindo.

Às vezes me pego pensando,

Quem de verdade é ladrão,

Se o branco que escraviza,

Ou se o preto que nem carvão,

Mais de uma coisa eu sei,

Pra que servem nossas mãos.

Como pode um negro analfabeto,

Ser chamado de ladrão,

Se nem arma ele pode,

Ter ela na sua mão,

Só compra arma quem anda,

De blindado ou de furgão.

Quotas pra negro é ultrajem,

Mas o carnaval não é não,

Suor de brancos e negros,

Se misturam pelo chão,

Assim como todos morrem,

Sem defesa meu irmão!

Num país miscigenado,

Preconceito racial

É um tapa no mercado,

Da consciência cultural,

Quem escreve essa prosa,

É um negro natural.

Rompendo barreiras estamos,

Há séculos viramos heróis,

Pois de muito que lutamos,

Levantando nossa voz,

Somos negros com orgulho,

Fortes como casca de noz.

Nossa cultura elevada,

Com vasto conhecimento,

Quem estuda a conjuntura,

Vira negro por momento,

Se não compreender nossa história,

A cultura vira vento.

Duas coisas que agridem

As mentes intelectuais

São as guerras, Hitler e o negro,

Como sistemas sociais

Fabricando dessas histórias,

Vários compêndios anormais.

Quem acha que negro não é gente,

Não acredita em DEUS,

Pois nossa flora e fauna,

Diversidade contém,

Por que DEUS não ia fazer,

A gente assim também?

Arthur Marques de Lima Silva

Direitos Reservados.

09/05/2016

ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
Enviado por ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA em 09/05/2016
Reeditado em 29/05/2016
Código do texto: T5630395
Classificação de conteúdo: seguro