ESCULTURA

Celestial é a beleza semi-nua

é feito a gentileza da lua,

que empresta ao leito uma estrela.

e cada reflexo, em abissal viagem,

um colosso de sensações,

dessa energia e emoções,

pois, poetas e mortais traduzem cautela.

à escultural, vitral em miragem.

Coisas reais um sonho concreto,

eis a mais bela flor, longe de ser objeto,

és voluptuosa, ao leito e prestes...

As nádegas, a cintura, os seios...

Sentido que guarda meus receios,

e as peças íntimas que não vestes.

Celestial, andares pela casa,

a cadência é de quem anda nua

o teu espetáculo, encanta todos os espaços.

A natureza que se queima em brasa,

os vícios de libertina que se cultua,

e os bons presságios em teus passos.

Celestial é ferir-te sempre e a todo momento

e reverenciando tua pele, com ternura,

embriagar-me de nobre sentimento

revelar-te a alma e à loucura.

Rio de Janeiro, 25 de Maio de 2007.

*Obs: Amigo Ney, tens razão, mudei a classificação do poema. Um abraço!