SERENIDADE
É tão tarde e eu sozinha...
Onde estás que te demoras?
Não vês que a noite, lá fora,
desce rápida e cresce em ondas
se aproximando entre as sombras
escondendo o céu deserto?
Nessa dor que me confunde
me sinto perdida ante o medo,
que torna mais denso o escuro
semelhante a um fundo abismo.
As pálpebras pesadas se fecham...
cansei de esperar-te o regresso,
mergulho num sono tranquilo.
Já não há mais dor, nem medo.
Enfim, descobri o segredo:
faço parte do Universo!
. . .
Paciência eu te peço,
Me perdi ao olhar a lua,
mas não sei se mereço,
Vi a deusa da minha rua.
Me perdi ao olhar a lua,
mas não sei se mereço,
Vi a deusa da minha rua.
Mergulhas num sono tranquilo
enquanto p'lo vazio, vago
e, só, pensando naquilo
sonho intranquilo, que afago...
enquanto p'lo vazio, vago
e, só, pensando naquilo
sonho intranquilo, que afago...