Súplica

Eu anseio que me ensinem

Que me ensinem a fazer poesia.

Preciso ajustar a doçura do beijo,

Do beijo da minha amada a uma rima.

Alguém me ajude, por favor, eu peço

A colocar em um decassílabo o calor

O calor dos seus abraços.

Alguém, por favor, alguém

Diga-me como fundir em um verso

O seu sorriso espontâneo e luminoso.

Ou quem sabe, colocar em um haicai

A vida reluzente em seus olhos.

Anseio que alguém diga como escrever

Descrever em um soneto a saudade

A saudade que sinto da minha amada.

Se um poeta ou poetisa compadecer se de mim

Ensine-me, eu peço,

a guardar numa metáfora

A alegria da sua chegada

E o coração sempre apertado na sua partida.

O literato que ler essa súplica,

Não ria, não zombe

Pois quem nunca sonhou acordado

Viver um lampejo de poesia.

Gilberto Ricardi
Enviado por Gilberto Ricardi em 09/05/2016
Reeditado em 11/05/2016
Código do texto: T5629967
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