Magnetismo
quando te falei das íris amarelas
beirando o lago de Eco e Narciso
um brilho clareou o mel ambárico
no balneário das tuas pupilas
a dilatação rápida
denunciou a alma do artista
e através da janela
minha sonhadora alma
viu um trovador à moda antiga
falaste das plantas, das grandes obras
do encanto pela metafísica...
soavam sutis os tons da música que te cria
emocionada, ressoei seu ritmo
no infinito céu da tarde
vi a lua minguar calma no horizonte
acostada no róseo leito celeste
ironizava, espirituosa, minha euforia
versifico atônita e curiosíssima
aspirando futuros presentes momentos
em que aprecio a completude
da nossa mística sinfonia