Qual o destino?

Duas crianças entram no ônibus,

dois meninos,

cabelos negros e penteados para o lado.

Sua mãe diz ao motorista aonde ambos descerão,

é feriado e o movimento é pouco,

nos olhos dos meninos

um brilho tímido,

olhos que observam com um novo interesse

o mundo que o motorista nos leva,

o olhar triste de um cachorro deitado ao chão,

o sorriso puro de meninas

num campo de ervas daninhas

que exibem suas flores amarelas,

as mãos delas desenhando as pequenas pétalas.

Observam tudo em silêncio.

Eu desço um pouco antes que eles,

com a esperança de que seus olhos continuem a brilhar,

seja como o das meninas entre as flores amarelas

ou do cachorro descansando na estrada.