Engano

Penetrou enxuta, quente

A vingativa dormência da dor

Sacrário do amor, estilhaçado

Alma que perece ao desejo

Do mundo nem a sorte avança

No deserto seco de onde bebi!

- ai de mim, homem crente

Matreira e formosa falante

Que de mim tudo levas-te

Nom antes havia força e carne

Hoje pedra, desespero e passividade…

 

In: Os dias do Fim XXVIII

Alberto Cuddel
Enviado por Alberto Cuddel em 07/05/2016
Código do texto: T5628449
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