ASAS DA LIBERDADE
Ouço o canto do pássaro ferido
Ele não desafina em suas notas
Em sua sabedoria mantém segredo
Só ele sabe onde irá pousar
Se escondido se manterá vivo
Se descoberto estará arruinado
Já esteve em esplêndida gaiola
Recebia alimento e água fresca
Cantava pela tamanha aflição
Lutava pela abertura da prisão
Ser pássaro que voa é fácil
É vento no rosto com chuva no corpo
Voar sem ter ninho para retornar
É ouvir seu canto deslizante
Na fuga desse amargo passante
Sendo um pássaro, não ame ...
Quem lhe corta as suas asas.
JCFreitas 01/03/16