O Oposto do Meu Ser
 
Posso entender do oposto do meu ser,
Quando saio de mim e ocupo a poesia,
Acomodo na cratera em fogo o querer,
Refaço a genética nos versos, em vida.
 
Farejo lobos e uivos nos relevos da lua,
Revejo orquídeas bordôs no por do sol,
Transfiro o orgasmo nos corpos da rua,
No avesso, dou ao desejo o meu nome.
 
Posso entender de agosto sem o saber,
Rasgo a permissão certificada do talvez,
Amarro meu abraço nas cordas do viver,
Sou ainda setembro alguns dias do mês.

                                                                                                                                              
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 06/05/2016
Reeditado em 06/01/2017
Código do texto: T5627273
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