Sempre que alguém puder sonhar
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 18
Sempre que alguém puder sonhar
Uma catástrofe se abaterá, não hoje,
não daqui há anos ou daqui há séculos,
mas neste momento, agora mesmo, sim,
enquanto são lidos os versos nossos aqui
e não poderá nenhum homem dizer isso,
senão lhe vier extrema saudade de nada...
Tapetes persas e porcelana chinesa,
o mais puro ouro que reluz por inteiro
e a minha mente não pôde deixar de pensar
que já era hora de abandonar esses tais
tesouros que nada dizem e nada dirão
quando da grande catástrofe; e ela virá...
Por certo não se poderá rezar sem culpa
ao deparar-se com toda sua magnitude,
mas há de criar; ser um novo amanhã
para mim, você, para todos, sem exceção.
Será um mundo em verdade, gratuidade
e nascerá sempre que alguém puder sonhar...