Inspiração da lua

Chora manso silêncio que um soluço cortou,

Vil e pobre acalento que o meu peito sangra,

Desejo um beijo opulento de versos que sou,

Alguns momentos equestres de uma magra

Mulher que me tornou letras e me inspirou

-Eu poeta sou um beijo que o escuro flagra...

Mas chora no momento errado, lindo poeta,

Quando a maior felicidade vem sem coração,

Um beijo que o imortal torna um olho esteta,

Num furacão em que a morte foi canção

-Morre num beijo eterno, vive sem esta

Canção do beijo que me soa uma bela atração...

Mas nasce no seio da alma um beijo deserto,

Onde não há gente viva e vive uma alma,

Onde os oásis dormem e jazem cobertos

De esperanças cantadas e amadas em dança,

Então dorme no peito que o poeta de certo

Inspirou e dormiu, artista que de escrever não cansa...

Que viva o amor, que durma a lânguida poesia

Neste verso, neste poema que o amor desfalecia,

Desejo em peito aberto amar um amor pudico,

Que a inspiração que anuncio e diz que fico

-Que esta cante em nomes os amores de ontem

E as paixões do porvir -Beijos que meu peito domem...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 06/05/2016
Código do texto: T5626870
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