SINFONIA AO VENTO
Houve-me ó vento
Que conheceste o meu ser,
Apaziguai o meu ser que delira
Entre a fonte de tudo ver,
Sentir e crer.
Tu andastes por todos os caminhos,
Mais hoje aqui sozinho
Vens me visitar.
Não correis apressado pelos campos
Que tanto conhecestes?
Estareis parado no mesmo lugar?
Oh...visitai a minha fonte de tristezas,
Ensina-me em versos ou queixas,
A ansia de viver e amar.
Abranda esse coração que luta
Perdido entre uma busca,
E acende todas as forças do meu olhar.
Não me deixais extasiado e preso,
Neste anseio de desejo
Habitando um coração vulgar.
Se minha alma corre ao teu encontro,
Nesta distancia relativa e invisivel,
Fazendo meu corpo todo pulsar.
Não me ignoreis pois bem sei,
Que o amo por querer-te,
Que me deleito neste seio,
Quando vens me visitar.
Mais te ouço comunicar-te ao riacho
Que corre o teu leito,
Quieto-senhor de si mesmo,
Sem nada temer –sem nada ocultar.
E os animais como essencias e grandezas,
Ainda à tardinha se chegam,
Para o teu leito adornar.
Arthur Marques de Lima Silva
Direitos Reservados
04/05/2016