A MORTE DO TEMPO ETERNO

Feres na hora

Os minutos sagrados

Ao sacrificar o tempo

Com ócio de ofício inútil.

O tempo corta

A carne mais mole

De pouco caso com o acaso.

E ceifa na ceia da eternidade

Almas do seio da humanidade.

A hora ferida

Mortinha da Silva

É negra jocosa

Pois se torna

O espinho inesquecível

Para o resto da vida.