Mansão Mal-Assombrada

Pra início de assunto,

Viver na carne, por que não?

Corpo sem espírito é defunto,

E espírito sem corpo assombração.

Ouço gritos estridentes,

Amarelo dentre os dentes... Sorriem com ressalvas.

Almas penadas,

Não podem fazer nada... Ou então não serão salvas.

Dizem: Não seja humano!

Que o “espírito do engano”... Conduz o mau gênio.

Receitam doses de placebo,

Daquela? Dessa água que não bebo... Não sou passarinho abstêmio.

Arrastam correntes, rentes,

De elos incoerentes... Corroídas pela ferrugem.

A penteadeira inválida,

Reflete a cara pálida... Das santas sem batom ou ruge.

Não proibir é proibido,

Sem essa de libido... De ser dotado de emoção.

Relação mui frígida,

Almas escravizadas pela rígida... E conveniente tradução.