Marlene II
Pesa saber
de seu não sobrar
uma única célula,
do seu debater-se
em busca de luminária
e de uma toalha
para os teus líquidos involuntários.
Se fui mesquinho. Somos.
O depois não nos
vislumbrava nada
além do nada já exato de seus duros lábios.
O momento não era
a calha da independência.
Era o ponto: final.
Os teus tremores.
Os teus anos obliterada em jaulas.
Nossos açoites.
O teu peso leve.
Minha medida inexata te levando à loucura.
Os erros tolos, nossos, dela...
Tudo emoldurou-se
em um quadro parado no tempo.
Um piquenique de domingo apagado.