Ar noturno

O amor dorme.

Só a poesia mantém vigília.

A poesia sonha.

A poesia é incansável.

Repousa ativa no inconsciente.

A poesia espera.

Produz espaços de esperança.

E quando ensaia a morte,

a poesia é fênix reinventada:

sopra as cinzas do movimento

nos versos do ar noturno.