Blues
Nem sempre ameno,
Um dia mais ao menos...
Ao lado do Nazareno...
Sereno...
Sigo.
Corações de polietileno,
Minas sob o terreno...
Então amemos...
Olho pleno...
Em outro umbigo.
Tu procurando o Nemo,
Eu a paz como John Lennon...
Então sorrio e aceno...
Pro meu arqui-inimigo.
Drácula é romeno,
Mas foi na Bartolomeu Bueno...
Morder preto pequeno...
Como se fosse figo.
Uma noite a mais faz jus,
Caça na escassa luz...
Leões cercam gnus...
Ouço um blues...
De mau agouro.
De véspera perus,
Morrem na fila do SUS...
Urubus...
E tapurus...
Ceiam o resto do nosso couro.
No canavial uma cruz,
Soldados de capuz...
Hematomas são tatoos...
Sangue, pus...
Mundo de Marlboro.
Sob os tais olhos azuis,
Tutsis e Hutus...
Teus “eus” contra meus “tus”...
Produz...
Em massa nosso choro.