Apenas há...
Há horas em que apenas morremos
Não há em nós nada, nem dia, nem noite
Um coração cheio de vazio perpétuo.
Não há visão do teu corpo,
Que me altere este cego destino.
Pálido rosto sem vida, sem sangue,
Que desague em noite claras,
Deixou transparecer este semblante
Triste, enfadonhamente branco
Saiba que mesmo que tente,
Não há em mim nenhuma outra forma,
De renascer nas rosas espalhadas pelo leito.
Desprezo-me na ambiguidade do que sou
Em que me entendes, nas pedras espalhadas
Escorregadias do leito da vida,
Não me suportam, mas incitam-me á queda
Ao abismo de mim próprio...