o cavalo
o cavalo no alto da praça
relincha o berro guardado.
não dele, mas da barroca dos
homens presos,
o grito, foi recolhido na passagem
que o cavalo fez pelos vales,
os homens, pobres grilos edurecidos
que perderam a cantana
sem a boca de palavras, fez fogo
do cavalo, que da sombra vaza,
voltando ao grito do cavalo, que
fez no ar um trovão da fala, arrebentou
templos e palácios, e explodiu um mundo
envenenado, e logo do caso passado,
os mesmo homens, aqueles, pelo
medo, travados, mataram o cavalo