MISS DRACÔNIA
MISS DRACÔNIA
“Meu ventre nunca foi violado”
eu sentia o prazer das ondas
de espermas flácidos
do rápido continuo jorro
da violência por essência
que ele mentia
da vontade louca de vomitar
seu feroz animal servo
sua condição de ilha
como é viscoso o verme
sentido na derme
quando o amor incomoda
por abalos embalos mutilados
quando o amor é moda
quando a foda é cantada
no final por veias inflamadas
do dia miserável que teve
da alegria de bar
teve que terminar
porque teve que voltar
uma besta com raiva
dilacera sua baba idiota
sorrindo heroico sozinho
dizendo por olhos
que eu deva ter gozado
anda sombreada clara
embaçada janela do trem
lá fora o mundo tem
várias de mim sofrendo
caminhando pelo palco
invisível depressível
incrível como ele
move-se sozinho
dando-me carinho
quase de graça
que prefiro ficar
que respiro um “estar”
de amigo
ser falso consigo é lírico
é tão lírico amar como idólatra
um ídolo de plástico...
...fina brisa que cai sobre
meu rosto
da mesma fibra que existia
entre aquelas paredes
que nenhum pranto ficou
derramado
quem agora me assiste
vai embora
deverá contar histórias
deverá ter uma glória
entre os comparsas
minha farsa não ressente
o pudorífico das almas
pertence ao prazer
de ser eu mesma
livre.
MISS Draconia
"My stomach has never been violated"
I felt the pleasure waves
sperms flaccid
fast continuous stream
violence by essence
he lied
the urge to vomit
his fierce servant Animal
their island status
how slimy the worm
sense in the dermis
when love troubles
by concussions Fever maimed
when love is fashion
when the fuck is sung
at the end of inflamed veins
miserable day had
bar of joy
It had to end
because he had to return
a beast with anger
lacerating his idiot baba
smiling heroic alone
saying by eyes
I should have taken
shaded walks clear
Blurry train window
out there the world has
several of me suffering
walking the stage
invisible depressible
amazing how he
moves alone
giving me affection
almost free
I prefer to be
Breathe a 'being'
friend
can be false is lyrical
is so lyrical love as idolatrous
a plastic idol ...
... Thin breeze that falls on
my face
the same fiber that there
between these walls
no mourning was
shed
who now watch me
go away
should tell stories
should have a glory
among cronies
My charade not resents
the pudorífico of souls
It belongs to pleasure
being myself
free.
MUSICA DE LEITURA: THE WYTCHES - Sword Swallower