Ânima - 2.5.2016
Disseram-me que eu era uma flor,
Como uma rosa com três espinhos.
Porém, era na verdade como o elefante
Amarrado a um galho sem saber da minha capacidade.
Descobri que sou uma árvore, quiçá um baobá.
Docilizaram meu corpo, meu comportamento.
Respondi ao comportamentalismo corretamente,
Mas esqueceram da minha força na minha mente.
Ser diferente foi minha sina, hoje é meu karma e meu darma.
Eu Resisto e reconheço o graveto em que me amarraram,
Ele não pode me segurar. Eu reflito e existo sobre qualquer condição.
Hoje eu passarinho,
Hoje eu ando como quero
E quero andar passo a passo,
Ignorar o seu mapa restrito,
Suas ordens e ordenação.
Hoje eu reflito e posso reconhecer
Sua manipulação, o seu atravancar,
A base da pirâmide a se ajoelhar
Sob uma tirania que claramente como o graveto.
Assustadora é a liberdade,
Prefiro a liberdade à escravidão,
Nego o behaviorismo, nego o racismo, nego o machismo,
Nego minha condicionada condição me desconstruindo
Daquilo que você moldou em mim e eu não caibo.