não lhes diga
não lhe diz o tamanho
do despenhadeiro, não
lhe fale do sublime do abismo
da descida que não cessa,
da tristeza de de achar e se perder.
não lhe diz das diversas grades,
das coisas que ficam pela metade,
das mil indelicadezas do tempo,
do mundo imerso no sofrimento.
não lhe diz o preço das mercadorias
que viajar se tornou impossível
que a politica está um lixo,
que pouca gente ainda existem
que o tudo é evanescente, que
que o povo esta deprimido, e
sequer sabem do abismo.