erguimento
sobre a relva o que canta
é o tempo
é ele o rei torturante
é ele que nos rasga a
carne, que nos entorta
a verdade,
o fogo de sua passagem
nos consome, nos perpassa
como se em cada veia corresse
uma brasa...
a pureza não se consegue atoa
a pureza é formatada no fogo
com a impureza geométrica do fogo
nos seus quadriláteros equidistante
na sua imprudência dilatante,
é nesse lugar que toda uma
vida ferve, que borbulha os dias
passados, é nesse vendaval circular,
é nessa fortaleza aquecida, que fabrica
a presença sonoro de uma vida nova
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O relâmpago no centro da noite
Desvelou um tempo
Que estava absorto,
É que a devastação foi
Grande durante o sono dos deuses;
Agora temos mãos e pernas despertos
Nossos braços e olhos
seguem o pensamentos dos navegantes,
erguemos velas quando o vento sopra
e a noite tomamos vinho numa mesa farta;
e o amor nos alimenta durante o descanso,