Chinelo de dedo
Um sapato de salto não será adequado
Em chão que se pede um pé descalço
Junto co’ a simplicidade que chega sem pedir licença pra entrar.
Em chão de terra vermelha,
Com casca de café no chão e pé de algodão logo a frente,
Da gente que toma um gole de café enquanto descansa o pé, doendo de tanto andar...
E a criança que chega com um sorriso desses que sai querer
Diz que brincou com lama e depois se banhou no rio, voltou limpinho!
E o sol há de se por para todos, doce menina,
E a gente há de chegar a tempo
De comer uma janta e brincar de vida, na varanda da velha casinha.
Deixe o salto de lado!
A vida, áspera feito o chão, convida você a ser simples como criança. Dessas que não tem medo de machucar os joelhos,
Caso caia no caminhar.
Dessas que se sujam toda e depois lava a mão no rio,
Feliz por poder brincar.
Dessas que imaginam quem pode ter criado o céu tão grande e bonito assim.
Vamos correndo ver o sol se pondo!
Não tenha medo, é um convite a uma nova dança,
É a vida que te bate a porta, convidando a bailar, feito criança,
Feliz por poder brincar.
Se permita ver beleza na simplicidade,
Vá que a vida te espera lá fora,
E que possas ir sem medo, simples e linda ficará,
Com um vestidinho de chita e um lindo chinelo de dedo