CIRCO
CIRCO
Respeitável público
Agora no picadeiro
O brasileiro
Equilibrista
Não paga nada a vista
Não tem dinheiro
Só sente o cheiro
Em seguida o domador
Que quando tem dor
Morre na fila do SUSto
E não merece busto
E agora o mágico
De truque trágico
Faz sumir a vida
Na bala ou na avenida
Nossa próxima atração
É o adestrador
Deste circo do horror
Que ensina resignação
Quando roubado pelo ladrão
Nossa atração maior
É o trapezista
Que não é pessimista
Lança-se ao ar
Pensando voar
Sem rede de proteção
Vai virar suco no chão
E finalmente o malabarista
Com movimentos extravagantes
Não é bolsista nem capitalista
Esquerdista ou direitista
Um insignificante
Que mantem o espetáculo
Não impondo obstáculo
Aos sentados nas assembléias
Com muito mais
Que oito tentáculos