A DRACÔNIA
A DRACÔNIA
A liberdade do alivio mesclado
um solitário com planos
de suicídio se avista no andar
pensando que a dor que sente
tem parentes na calçada lá embaixo
o recado sujo borrado pintado
escrevi com lápis-marcador
pra ficar acentuado
não escrevi no espelho
pra que ele continue
a não se enxergar
pra que não mude de lugar
escrevi na sombra
dos devaneios e loucuras
do asno convencido
porque existiam flores
bombons e outros perfumes
num top de caixa fúnebre
a desova da desculpa
não me interessa mais
a paz ainda ressentida
começa desabrochando quieta
sou uma fuga de perfeições
que tornam-se malditas
quero benzer meu rosto
com chuva caindo
caindo na chuva de poças
lameando meu corpo
moldando minhas curvas
na roupa molhada
quero sofrer de assalto
entrando no vagão
da estação sem destino
alguém me oferece acolhida
num sobretudo que fala
um cachecol que desafia sentidos
no dorso anfíbio deslizando
impiedosa carente no estômago
abrindo botões de sua blusa
querendo a soma do calor
que provoca furor em meu âmago
intimo sofrido morrendo
agora mesmo...
...estamos dançando parados
embalo de jazz em "ehs"
versados nos lábios
até aonde a dama que desfruta
do meu tom aromático puro
está levando desejos
estes lábios beijados
com tons avermelhados
pelo que torneia peles
até aonde você encarnar
quer ser sugado
o pirata atrevido
dobrar que seja devagar
possuindo minha espinha
deslizando este feixe
com mãos galantes mais fortes
até aonde minha alma
de mulher aflita te deixe
na conflita nova era da dama
que convida que aborte
que pule em cima me sufoque
mate reviva invoque o leito
subversivo do mato
no vivo caldo luminoso
derretendo meu ato
embalado de relva de orvalho
apenas a lua por curiosa
vagando do alto
brilha composta das nuas
peles envolvidas
absorvidas de capim molhado...
THE DRACONIA
Freedom of mixed relief
a loner with plans
flat on the floor suicide
thinking that your pain
He has relatives on the sidewalk down there
the blurred dirty message
I wrote with pencil-marker
to stay sharp
not written in the mirror
for it to continue
not to see
to not change your position
I wrote in the shade
of daydreams and follies
convinced the ass
because there were flowers
bonbons and other perfumes
a funeral box top
spawning excuse
I do not care more
peace still resentful
begins blooming quiet
I am an escape perfections
becoming bloody
I want to bless my face
with rain falling
falling in rain puddles
lameando my body
shaping my curves
in wet clothes
I want to suffer assault
entering the wagon
the aimless station
someone offers me welcome
especially in speaking
a scarf that challenges the senses
the amphibious sliding back
pitiless lacking in stomach
opening her blouse buttons
wanting to the sum of the heat
that causes furor in my heart
intimate suffered dying
right now...
... We are still dancing
Jazz Fever in ehs
versed on the lips
to where the lady who enjoys
my pure aromatic tone
It is taking wishes
they kissed lips
with reddish tones
whereby lathe fur
how far you incarnate
the cheeky pirate
folding which is slowly
having my spine
this sliding beam
with stronger gallant hands
to where my soul
the distressed woman let you
the new conflicts lady was
inviting that miscarrying
to jump on me suffocate
mate relive invoke the bed
subversive bush
the living light broth
melting my act
packed dew grass
only the moon by curious
wandering the top
shines composed of naked
skins involved
absorbed wet grass ...
MUSICA DE LEITURA: SAMANTHA FISH - I Put spell on you.