Na neblina desse teu olhar...
Fidalgo de luzeiros abrumados,
Fúlgidos mares, viçosos, priscantes...
Gentil-homem de cantos verdejantes,
Senhor das noites, das noites de fados;
Das franjas dos broquéis enluarados,
Dos sonhos... de poética vagantes;
As auroras sopram versos amantes
Do teu semblante pulcro... de olhos pardos!
Recolho-os nos coleios do teu andar,
Nos cimos das cavernas sinuosas
Onde as pupilas arfam de desejo...
Recolho-os no teu distante olhar,
Nas vagas ululantes, tormentosas,
Dos ecos aboízes do teu pejo!...