Parêntese de Vida

Eu brinco com linhas soltas, um andarilho à toa que faz da dor a escrita,

Nas páginas soltas de um artigo e nas tantas linhas presas.

A vida está passando, querido amigo, e seguindo seu trajeto,

A cada dia se finda.

No bule cujo café fresco serviu de companhia

E na pia cheia, em diferentes casas se vê que a vida está passando,

E na minha escrita, apenas poetizo sua brevidade.

Em linhas soltas, a vida latente.

Em cada cabelo branco e nas tantas mentes cheias.

Em cada copo vazio e em cada união de alianças.

Da vida que se faz na presença e na solitária lembrança.

Que renasce na possibilidade de ser.

Eu escrevo versos soltos, e da vida cabe na linha um momento ou outro. Mas a vida é processo, querido amigo.

E a escrita é apenas confidente.

A vida é cada dia com sua respectiva dor,

É o que se vê e o que se desconhece.

Em cada alma com seus sonhos floridos e em suas pétalas soltas.

E vai seguindo o curso enquanto vamos caminhando.

A pausa também é caminho, querido amigo!

E a vida também é parêntese.

E enquanto a vida tem passado, vamos seguindo.

Vamos cantando, falando à toa.

Da vida escapa dos panos,

Da vida que desabrocha em planos.

Sendo ela um dia de cada vez e todos eles.

Lirlaine C Vaz
Enviado por Lirlaine C Vaz em 01/05/2016
Reeditado em 01/05/2016
Código do texto: T5621806
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